Muita (homo)história pra contar
Meu processo de criação é meio maluco. Não sou disciplinado ao ponto de ficar anotando ideias em caderninhos ou pedaços de papel soltos por ai. Quando pinta um tema, surge um enredo, vejo tudo passar como num filme diante dos meus olhos. Tudo rápido, muito rápido!
Isso acontece todos os dias, geralmente nas horas em que faço minhas caminhadas solitárias... e, de repente, pumba!!! a sessão de cinema acontece... assim, num passe de mágica!
Minhas histórias sempre têm começo e fim bem delineados. A partir daí começo o jogo do "e se...": E se o fulano fazer isso, e se comentar aquilo, e se encontrar aquele outro, e se transar de cabeça pra baixo com oito marombados ao mesmo tempo, e se eu afogar o Bambee no potinho de Activia... enfim... são trocentas possibilidades!
Fico matutando os acontecimentos da história em questão por muito tempo. Deixo maturar tudo na cachola, sem anotar nada em lugar algum. E logo, logo já pinta outra história, outra situação que chama a atenção da minha mente abilolada.
Nas madrugadas, em frente da minha tela glossy de 1440 x 900 pixels, a verdadeira magia dá as caras. Geralmente escrevo freneticamente sem parar, vomitando tudo o que vem à mente. O primeiro "copião" do texto sai assim: pá, pum, bola. Se você já imaginou um urso possuído, espumando pelas ventas (ventas?)... sim, esse sou eu escrevendo... alucinado. A fartura de pelos macios chega a chamuscar de tanto fogo interior.
Depois, mais calmo, já desincorporado do Caboclo Fuck-Fuck, leio tudo bem devagar, sempre acompanhado do meu copo de Toddy geladíssimo ou, se for um conto homoerótico, já tô saqueado em cerveja!
Humm, pintou um dilema, uma dúvida insana: por que todo urso Bambeemacho adora Toddy e não Nescau?
Faço algumas correções, mas dificilmente escrevo mais de uma versão de um mesmo texto (no caso de contos e artigos - isso não se aplica aos romances).
Logo em seguida eu "dispenso" meu texto recém escrito. Esqueço dele por uns dias. Deixo a história decantar naturalmente.
Nesse meio tempo, faço a criação da capa do livro digital e monto a sinopse do novo conto em meu site. Até aí era tudo festa e tranquilidade.
Mas num belo dia, a ursa da coca-cola aqui resolveu tomar coragem de escrever em tempo integral. Reler uma caralhada de copiões e escolher o que publicar dá um verdadeiro nó na minha cachola careca!
São tantas histórias, tanta coisa que tenho que postar! Então, respiro fundo, boto Counting Crows nas oreia... e vamo que vamo!
Pelo menos, já vislumbro entrar no Guinness um dia como o PRIMEIRO BAMBEE URSINO BRASILEIRO A PUBLICAR PELA INTERNET 234.678 HISTÓRIAS BAMBEESTICAS DE QUALIDADE.
Afinal de contas, nunca na história recente desse país houve um Moa assim como eu!
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