Argentina aprova a lei que permite o casamento gay

O Senado argentino aprovou na noite desta quarta-feira (14) a lei que autoriza o casamento entre pessoas do mesmo sexo em todo o território. 

Após protestos de grupos religiosos, que organizaram uma marcha em direção ao Senado, e de uma votação apertada - foram 33 votos a favor e 27 contra -, os homossexuais argentinos passam a ter os mesmos direitos dos casais héteros, como adoção, herança e outros benefícios. "É um dia histórico. Se trata da primeira vez em que legislamos a favor de uma minoria", comemorou o senador Miguel Pichetto, líder do governo no Senado. Para virar lei, o projeto depende agora da sanção da presidente Cristina Kirchner, que já sinalizou ser favorável à medida. 

Com a aprovação, a Argentina se torna o 1º país da América Latina e o 10º do mundo a permitir o casamento gay, após Holanda, Bélgica, Espanha, Canadá, África do Sul, Noruega, Suécia, Portugal e Islândia. Ativistas LGBT do país comemoraram a decisão do Senado.
"A lei representaria o reconhecimento de todos os direitos que implica o casamento e também o acesso à igualdade perante a lei, que é uma ferramenta indispensável para conseguir a igualdade social", disse a titular da Federação de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais da Argentina (FALGBT), María Rachid, em entrevista à agência "Efe". 

Depois de 14 horas de debate, o casamento entre pessoas do mesmo sexo foi aprovado na Argentina na madrugada do dia 15 de julho de 2010, com 33 votos a favor, 27 votos contra e três abstenções. Uma mudança tão pequena de redação, com tanto significado para a igualdade de direitos. A reforma substitui as palavras "homem e mulher" da versão atual da legislação por "cônjuges", permitindo assim que casais do mesmo sexo também possam contrair o matrimônio.





Os parlamentares do Brasil poderiam se espelhar no exemplo argentino e regularizar a situação dos casais homossexuais que não possuem os mesmos direitos que os casais heteros. 




Fonte: A Capa

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